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Cirurgia Ortognática

Cirurgia Ortognática

29/10/19 - Odontologia

Cirurgia ortognática é o nome que se dá ao procedimento cirúrgico que visa reestabelecer um padrão facial normal em pacientes adultos que apresentam alterações no desenvolvimento  facial. O tratamento com a cirurgia ortognática é um procedimento que engloba, sempre, a associação de um tratamento ortodôntico com um cirúrgico para propiciar melhorias estéticas e funcionais na face dos pacientes que a procuram.

Quando o crescimento dos ossos da face se dá fora dos padrões ideais, pode ser corrigido pelo ortodontista (até aproximadamente os dezesseis anos de idade). Em adultos, que consequentemente não apresentam mais crescimento ósseo facial confirmado pela idade óssea, usa-se a alternativa de reposicionar os ossos da face cirurgicamente. A cirurgia ortognática está indicada para pacientes com desarmonias esqueléticas e dentárias, cuja solução não pode ser propiciada apenas pelo tratamento ortodôntico – pois há um excesso ou falta de crescimento das bases ósseas da face. A cirurgia é indicada para pacientes com retrognatismo ou prognatismo mandibular, que consistem, respectivamente, na retrusão ou protrusão da mandíbula, para correção do sorriso gengival, apnéia do sono, etc. Outros pacientes podem apresentar também problemas de crescimento na maxila ou até associados na maxila e mandíbula.

Para a decisão entre tratamento ortodôntico corretivo ou cirurgia ortognática (que necessita de preparo ortodôntico prévio e posterior), avalia-se o crescimento ósseo facial através de diversas análises cefalométricas (medidas da face e crânio), e mais atualmente, estudo do caso por software de planejamento virtual, onde os exames do paciente são colocados num programa onde são feitas medidas e cirurgias virtuais. Dependendo dos valores obtidos pode-se optar por um ou outro tipo de tratamento, cada um com suas vantagens e desvantagens.

Toda pessoa que possui uma desarmonia esquelética facial apresenta uma maloclusão dentária, pois, nesses casos, os dentes adquirem uma posição que camufla, parcialmente, o problema ósseo. Por exemplo, uma pessoa que tenha a mandíbula 1 cm maior que o normal, normalmente tem os dentes inferiores inclinados em direção à língua a ponto de a distância entre os dentes superiores e inferiores ficarem bem menores do que seriam - caso os dentes estivessem bem posicionados. Esse posicionamento errado dos dentes acaba mascarando o problema esquelético e seus impactos na mastigação e na estética da face.

O tratamento convencional desse tipo de situação implica um tratamento ortodôntico prévio a uma cirurgia ortognática. A duração do tratamento ortodôntico prévio à cirurgia varia, e durante esse período os dentes têm sua posição corrigida para viabilizar a realização da cirurgia ortognática. Após o procedimento cirúrgico, o tratamento ortodôntico continua por um período que varia de caso para caso.

Em uma nova técnica, desenvolvida em 2005, e que desde então faz parte do rol de procedimentos da Farret Odontologia , a cirurgia é feita pouco depois de instalado o aparelho na boca e os grandes benefícios do tratamento são antecipados para o seu início. Essa característica dá nome à técnica: cirurgia de benefício antecipado. Outra vantagem para o paciente é que o tempo total de tratamento cai cerca de 40 a 50% do tempo total estimado para o tratamento convencional, resultando em custos menores e menor incômodo.

Essa nova abordagem tornou-se possível devido à incorporação de novas tecnologias disponíveis para o tratamento ortodôntico. A cirurgia continua a ser feita por um cirurgião bucomaxilofacial e existem poucas diferenças em relação à operação tradicional. Ao início do tratamento, o aparelho ortodôntico é instalado e a cirurgia é realizada – sem a ortodontia prévia. O objetivo da cirurgia é corrigir as bases ósseas, melhorar a estética facial e instalar implantes temporários – miniplacas – para permitir que o ortodontista corrija as posições dentárias no pós-cirúrgico. Após a cirurgia, o paciente continua o tratamento ortodôntico para correção da má oclusão.